Engenharia da TGM foca em maximizar a eficiência energética
A cogeração de energia elétrica no setor sucroenergético iniciou-se em de 1987 quando a Usina São Francisco, em Sertãozinho (SP), implementou melhorias aos seus processos para exportar o excedente de sua energia. Outras unidades seguiram o mesmo caminho e hoje, em algumas delas, a energia é considerada um dos principais produtos, gerando receitas adicionais para estas usinas.
No início da década de 2000, as usinas começaram a investir em caldeiras de alta pressão e temperatura, que conciliadas à tecnologia das turbinas a vapor de contrapressão e de condensação, resultaram no aumento da eficiência termodinâmica e da produção de energia elétrica na safra, entressafra ou em dias de chuva.
Em tempos de escassez de recursos para financiamento de novas indústrias (greenfields), o Retrofit é uma excelente alternativa, que consiste em modernizar, recuperar, repotencializar um equipamento ou conjunto. Em alguns casos a solução é a substituição completa por tecnologias de maior eficiência.
O Retrofit possibilita iniciar a exportação do excedente de energia elétrica, podendo chegar em até (75 kW/Ton cana), aumenta a confiabilidade operacional dos equipamentos, a eficiência do ciclo térmico da usina e pode preparar a caldeira para outros tipos de biomassa.
Com o intuito de produzir mais energia elétrica e aumentar a receita, a usina Cerradão, localizada na cidade de Frutal-MG, está realizando o Retrofit em sua indústria aumentando em 10% a exportação de energia elétrica. Antes do Retrofit, a usina tinha um índice de 59,17 kW/ton cana, após o Retrofit este índice chegará a 69,23 kW/ton cana.
Neste caso, o Retrofit consistiu na troca de uma turbogerador de contrapressão com tecnologia de ação de 25MW/h, por uma turbogerador de contrapressão com tecnologia de reação de 37MW/h.
Considerando uma usina com moagem anual de 3 milhões de toneladas de cana, teremos os seguintes resultados:
RESUMO CENÁRIOS ATUAL | |||
CENÁRIOS | SEM RETROFIT | COM RETROFIT | UNIDADES |
TOTAL MOAGEM | 3.000.000 | 3.000.000 | Ton can |
MOAGEM HORÁRIA | 595,24 | 595,24 | Ton can/h |
VAPOR CONSUMIDO PROCESSO | 291,67 | 291,67 | Ton/h |
BAGAÇO | 148,81 | 148,81 | Ton/h |
CONSUMO DE BAGAÇO | 132,58 | 132,58 | Ton/h |
SOBRA DE BAGAÇO | 16,23 | 16,23 | Ton/h |
SOBRA DE BAGAÇO SAFRA | 72.078 | 72.078 | Ton |
PRODUÇÃO TOTAL DE ENERGIA (CONTRAPRESSÃO) | 50,29 | 56,09 | MW/h |
PRODUÇÃO TOTAL DE ENERGIA (CONDENSAÇÃO) | 8,52 | 8,97 | MW/h |
CONSUMO PLANTA | 16,67 | 16,67 | MW/h |
EXPORTAÇÃO | 33,62 | 39,42 | MW/h |
VALOR VENDA MW/H | 200 | 200 | R$ |
VALOR TOTAL VENDA MW/H (SAFRA) | 33.889.655,17 | 39.738.461,54 | R$ |
RECEITA ADICIONAL | 5.848.806,37 | R$ |
Como pode ser observado, o Retrofit é um processo altamente rentável, uma vez que obteve-se um incremento de aproximadamente R$ 5,8 milhões na receita com venda de energia, ou seja, um crescimento de 17,26%. Além de apresentar valores de CAPEX bem menores comparados aos novos projetos (greenfields), o payback é muito rápido.
No atual cenário econômico brasileiro, as indústrias buscam alternativas rentáveis para diminuir custos operacionais e maximizar as receitas para tornar a operação viável e o Retrofit é uma excelente alternativa.
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